ISSN: 2161-0932
Saulo Molina-Giraldo, Issis Judith Villa-Villa, Roberto Zapata, Mauricio Orozco, Nataly VelásquezMuñoz, Diana Alfonso, Wilma Castilla-Puentes, Jose Luis Pérez, Oscar Ordoñez, Oscar Zuluaga, Jesús Andrés Benavides-Serralde, Carol Gisela Rueda-Ordoñez, Armicson Felipe Solano, Dario Santacruz, Juan Pablo Alzate-Granados
Introdução: A pré-eclâmpsia é uma doença multissistémica da gravidez. A prevenção da doença tem sido uma preocupação dos modelos de cuidados de saúde e mais ainda daqueles que incluem patologias em que há um comprometimento do resultado materno perinatal. Foi descrito que o AAS (um inibidor da ciclooxigenase com propriedades anti-inflamatórias e antiplaquetárias) poderia ter impacto na prevenção desta doença. O objetivo deste consenso é resumir as evidências e fornecer as recomendações atuais sobre a utilização de AAS na prevenção da pré-eclâmpsia.
Métodos: A FECOPEN convocou uma reunião nacional de peritos para criar um consenso não formal baseado numa revisão da literatura com a elaboração de um questionário com questões relevantes para fornecer recomendações atuais sobre a utilização do AAS para a prevenção da pré-eclâmpsia.
Resultados: Foi elaborado um questionário com 30 questões. O consenso foi alcançado em 28 destas questões. O uso diário de AAS na prevenção da pré-eclâmpsia é considerado seguro e está associado a uma baixa probabilidade de complicações maternas ou fetais graves, ou ambas, relacionadas com a sua utilização. As mulheres com risco de pré-eclâmpsia são definidas com base na presença de um ou mais fatores de alto risco (história de pré-eclâmpsia, gravidez multifetal, doença renal). As evidências atuais não suportam o uso profilático de AAS na ausência de fatores de alto risco para a pré-eclâmpsia. Além disso, a sua eficácia é ainda debatida na prevenção da perda precoce da gravidez, da restrição do crescimento fetal, da morte fetal ou do parto prematuro.