ISSN: 2155-9570
Elizabeth Yang, Cynthia J Roberts e Jodhbir Singh Mehta
As cirurgias refrativas da córnea para correção da miopia, hipermetropia, astigmatismo e hipermetropia são procedimentos rápidos e eficazes e têm crescido em popularidade nas últimas duas décadas. No entanto, a ectasia corneana pós-operatória continua a ser uma das complicações cirúrgicas mais temidas. É aqui que a integridade biomecânica da córnea começa a falhar, com um adelgaçamento progressivo do estroma, um aumento da inclinação da córnea, um astigmatismo irregular e uma diminuição da acuidade visual à distância. A queratomileuse in situ assistida por laser (LASIK) é atualmente o procedimento de cirurgia refrativa mais comum. Utiliza um laser de femtosegundo ou um microcerátomo para cortar uma aba fina na superfície da córnea. O tecido da córnea é então fotoablacionado para corrigir o erro refrativo e o retalho é então substituído no final do procedimento. Técnicas mais recentes, como a extração de lentícula por pequena incisão (SMILE), utilizam apenas uma pequena incisão, sem criação de retalho, e é extraída uma lentícula para corrigir o erro de refração. Evitar a criação de retalho deveria, teoricamente, manter a integridade da região anterior da córnea e diminuir o risco de ectasia corneana, mas até à data existem poucos estudos clínicos que comparem os resultados biomecânicos da córnea de diferentes procedimentos. Nesta revisão, destacamos as diferenças biomecânicas nos resultados entre o LASIK e o SMILE, bem como explicamos algumas das técnicas in vivo e in vitro para investigar os parâmetros biomecânicos da córnea.