ISSN: 2168-9784
Yamamoto T, Iwasaki K, Arai J e Umezu M
Objectivo: O objectivo deste estudo é elucidar a deformação de cada compressão e torção exercida na artéria descendente anterior esquerda (ADA) proximal durante o ciclo cardíaco. Fundamento: A nossa hipótese é que o stress mecânico exercido na artéria proximal da DAE pelas contrações cardíacas é um determinante da necessidade de revascularização repetida após implante de stent, embora o movimento proximal da DAE não tenha sido completamente estudado.
Métodos: Analisámos prospectivamente as imagens de tomografia computorizada (TC) com múltiplos detetores de 64 cortes, controladas por eletrocardiograma, obtidas em 297 doentes consecutivos com suspeita de sofrerem de doença arterial coronária por apresentarem fatores de risco importantes, eletrocardiograma anormal ou angina de peito.
Resultados: Utilizando reconstrução multiplanar e imagens transversais melhoradas de TC, a compressão e torção da artéria DAE proximal entre o final da sístole e o final da diástole foram de 15,6 ± 26,4% e 0,5 ± 0,6°/ mm, respetivamente. A taxa de compressão foi significativamente menor nos doentes diabéticos (12,3 ± 33,8%) do que nos doentes não diabéticos (16,5 ± 24,1%) (P<0,05). A torção foi também menor nos doentes com versus sem doença coronária triarterial (0,3 ± 0,3°/mm versus 0,5 ± 0,6°/mm; P<0,05) e nos doentes com versus sem história de cirurgia valvular prévia (0,2 ± 0,1° /mm versus 0,5 ± 0,6°/mm;
Conclusões: Medimos a quantidade de compressão e torção da artéria DAE proximal associada às contrações cardíacas. Estes estímulos mecânicos podem promover a rotura e progressão da placa e reestenose intra-segmentar após implantes de stents.