ISSN: 2165-7556
Valeria Bravo, Cristian Caparros, Raphael Zúñiga, Javier Muñoz, Orietta Nicholis e Rafael Barra*
Contexto: O número de pessoas com mais de 60 anos de idade está a crescer rapidamente em todo o mundo. O envelhecimento da população aumenta a necessidade de novas políticas e produtos de saúde pública. Neste contexto, é primordial ter acesso à caracterização antropométrica da população idosa.
Objectivo: Esta investigação descreve os componentes somatotípicos de uma amostra representativa de idosos do Chile.
Métodos: Num estudo antropométrico transversal foram avaliados 200 idosos (60 a 80 anos). O estudo foi conduzido através do método antropométrico Heath-Carter e da Análise de Componentes Principais (PCA) para redefinir e otimizar a definição de cluster. Foram estabelecidas diferenças estatísticas para homens e mulheres entre as categorias somatotípicas (endomorfo, mesomorfo e ectomorfo) através do teste t. Para a análise da progressão de uma variável entre as diferentes faixas etárias foi utilizada a ANOVA e o Tukey um teste post hoc.
Resultados: o somatotipo masculino e feminino apresentou uma maior frequência do biótipo mesomorfo-endomorfo (77,5% e 52,4% respetivamente) seguido de mesomorfo-endomorfo nos homens e de um endo-mesomorfo nas mulheres (10,8% e 29, 8% respetivamente). A amostra difere significativamente por sexo, com uma maior componente endomórfica no sexo feminino entre os 60 e os 80 anos. O somatograma mostra deslocamento em homens e mulheres através da componente endomórfica. O PCA e o clustering hierárquico identificam quatro novos clusters principais.
Conclusões: Estes resultados evidenciam um aumento da diferença entre géneros relativamente aos parâmetros antropométricos, redefinem também a atribuição de somatótipos mais frequente em adultos idosos. Esta informação é essencial para novas políticas de saúde pública e para o desenho de novos produtos.