Jornal da Leucemia

Jornal da Leucemia
Acesso livre

ISSN: 2329-6917

Abstrato

Vírus da Leucemia Bovina em Fetos Bovinos Abortados

Kelly Cristina Santos Montanari, Marcia Mayumi Fusuma, Alessandra Maria Dias Lacerda, Líria Hiromi Okuda, Edviges Maristela Pituco, Aline Feola de Carvalho, Vanessa Castro, Rosa Maria Piatti, Eliana Scarcelli Pinheiro, Ricardo Harakava e Claudia Del Fava

Investigamos a infecção do Vírus da Leucemia Bovina (BLV) relacionada a outros patógenos [Neospora caninum, Herpesvírus Bovino-1 (BoHV-1), Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV) e bactérias patogênicas] em 80 fetos bovinos abortados. Os materiais compreendiam fetos inteiros, órgãos fetais e placenta. O BLV foi diagnosticado por nested-PCR (gene BLV env gp51), a identificação de genótipos virais por sequenciamento e a análise filogenética pelos métodos neighborjoining e máxima verossimilhança composta. Os outros patógenos e diagnósticos foram, respectivamente: Neospora caninum (nested-PCR), BoHV-1 (nested-PCR), BVDV (PCR), Brucella spp. (isolamento e identificação), Leptospira spp. (PCR), bactérias aeróbicas [Enterobacteriaceae, cocos Gram positivos, Trueperella (Arcanobacterium) pyogenes] e microaerofílicas (Campylobacter spp., Histophilus somni e Listeria monocytogenes) por isolamento e identificação. Os anticorpos fetais BLV foram identificados pelo kit ELISA. Treze (16,25%) fetos foram positivos por BLV nested-PCR. A análise filogenética revelou os genótipos BLV 1, 5 e 6, que são frequentemente encontrados em bovinos no Brasil, Argentina e Uruguai. Nenhum feto foi positivo para anticorpos BLV por ELISA. Um único caso de coinfecção com BLV foi encontrado para cada um dos patógenos Trueperella (Arcanobacterium) pyogenes, Klebsiella spp. e Streptococcus spp. foram isolados como bactérias puras ou representando a preponderância de bactérias em uma cultura combinada. Nos 67 fetos BLV-negativos, os patógenos identificados foram casos isolados de Trueperella (Arcanobacterium) pyogenes, Staphylococcus aureus e Brucella abortus; 2 de Escherichia coli; 3 de vírus da diarreia viral bovina; e 4 de Neospora caninum. Nenhum patógeno foi encontrado em 55 fetos. O baixo número de amostras BLV positivas infectadas ou não por outros patógenos não permitiu realizar análise estatística para entender se houve diferenças significativas entre fetos BLV não infectados e infectados. Como o BLV é um agente imunossupressor e predispõe a vaca a outros patógenos, sua conexão com leucemia ou abortos necessita de estudos adicionais com amostragem maior, para elucidação da patogênese na vaca prenhe e no feto. As taxas de transmissão transplacentária do BLV mostram a necessidade de medidas profiláticas nos rebanhos bovinos brasileiros, a fim de evitar a infecção in utero.

Isenção de responsabilidade: Este resumo foi traduzido com recurso a ferramentas de inteligência artificial e ainda não foi revisto ou verificado.
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