ISSN: 2155-9899
Ayumu Ito, Shigehisa Kitano, Yongji Kim, Moeko Inoue, Masanori Fuse, Kohei Tada e Kiyoshi Yoshimura
O progresso recente na imunoterapia do câncer tem sido notável, especialmente o desenvolvimento clínico de inibidores de checkpoint imunológico, como anticorpos anti-CTLA-4 e anti-PD-1. O sucesso desses agentes revelou a importância das atividades imunológicas antitumorais na cura de cânceres.
As vacinas peptídicas contra o câncer constituem outra abordagem para provocar e impulsionar respostas imunes antitumorais. Embora as vacinas convencionais contra o câncer tenham tido eficácia clínica limitada, visando principalmente autoantígenos associados a tumores, uma nova abordagem está sendo explorada para atingir antígenos específicos do tumor gerados a partir de mutações genéticas que ocorrem em células tumorais durante a transformação neoplásica. Teoricamente, as respostas imunes a esses chamados "neoantígenos do câncer" não são atenuadas pela tolerância central do hospedeiro no timo e não desencadeiam reações autoimunes. Apesar dessas considerações teóricas, até recentemente havia grandes dificuldades técnicas na aplicação de vacinas contra o câncer baseadas em neoantígenos à prática de cabeceira, porque as mutações em cada tumor são muito numerosas e qual/subconjunto de neoantígenos seria imunogênico o suficiente para eliminar o tumor é incerto. Desenvolvimentos recentes em genômica e bioinformática, incluindo sequenciamento massivamente paralelo (MPS) e algoritmos de predição de epítopos, forneceram um grande avanço, permitindo uma identificação mais abrangente e eficiente de antígenos alvo. Embora sejam necessários mais refinamentos para a aplicação real no leito do paciente, as evidências pré-clínicas e clínicas da eficácia do direcionamento de neoantígenos do câncer continuam a se acumular.
Nesta revisão, discutimos o status atual e os desafios futuros do desenvolvimento de imunoterapia personalizada baseada em neoantígenos.