ISSN: 2161-0932
Hounkponou NFM, Komongui GD, Salifou K, Adjalla AMC, Ahouingnan AY, Gbèvo SM, Vodouhe M, Obossou AAA, Sidi Imorou R, Tonato Bagnan JA, Aboubakar M, Perrin RX
Objectivo: Investigar a possibilidade de parto vaginal após dois partos por cesariana.
Doentes e métodos: Trata-se de um estudo analítico transversal com recolha prospetiva de dados, realizado de 1 de março a 30 de setembro de 2016, em três maternidades de hospitais de referência do departamento de Borgou, República do Benim.
Resultados: Das 162 doentes inscritas, 87 (53,70%) iniciaram trabalho de parto espontâneo e 75 (46,30%) beneficiaram de cesariana antes do início do trabalho de parto. Das 87 mulheres que iniciaram trabalho de parto espontâneo, 54 (62,07%) não preenchiam os requisitos para o parto vaginal e beneficiaram de cesariana; uma doente (1,15%) deu à luz durante a referenciação e 32 (36,78%) passaram pelo nosso estudo. Dos 32 doentes que realizaram a prova de cicatrizes, 28 (87,50%) tiveram um parto bem sucedido; entre eles estavam duas gravidezes gemelares. Todos os quatro ensaios mal sucedidos (12,50%) deveram-se à ocorrência de sofrimento fetal agudo. Dos 28 casos bem sucedidos, 03 (10,71%) evoluíram para síndrome vasculo-renal nas sequências de camadas imediatas. Não encontrámos nenhum caso de deiscência cicatricial, nem de morte infantil ou materna.
Conclusão: O parto vaginal num útero com dupla cicatriz é possível e pode ser considerado, com o mínimo de danos para a mãe e para o feto. Contudo, o recrutamento dos sujeitos deve ser rigoroso e a vigilância do parto realizada em ambiente cirúrgico.