Jornal de Oftalmologia Clínica e Experimental

Jornal de Oftalmologia Clínica e Experimental
Acesso livre

ISSN: 2155-9570

Abstrato

Conexina na Fisiologia do Cristalino e Formação de Cataratas

Mauricio A. Retamal, Carmen G. León-Paravic, Christian A. Verdugo, Constanza A. Alcaino, Rodrigo Moraga-Amaro e Jimmy Stehberg

As conexinas são uma família de proteínas que formam hemicanais que comunicam o citoplasma com o espaço extracelular. Quando dois hemicanais [cada um de duas células vizinhas] entram em contacto, formam um canal de junção comunicante, que comunica o citoplasma das células adjacentes. Os mecanismos moleculares que controlam a abertura e o fecho dos hemicanais funcionais e dos canais das junções comunicantes são ainda motivo de intenso escrutínio. O cristalino é uma estrutura transparente localizada no segmento anterior do olho, fundamental para a visão normal. A sua principal função é refractar a luz, focando-a na retina. Dada esta função, a lente necessita de uma grande transparência e homogeneidade que são conseguidas por ser avascular para evitar a dispersão da luz. Para compensar a falta de vasos sanguíneos, as células do cristalino possuem ligações intercelulares formadas por canais de junções comunicantes, que permitem o fluxo passivo de nutrientes e metabolitos por todo o cristalino. A catarata é produzida pela opacidade do cristalino, pelo que chega menos luz à retina. Evidências recentes sugerem que a disfunção dos canais das junções comunicantes e hemicanais pode induzir a formação de catarata. Aqui revemos as propriedades gerais dos canais de junções comunicantes e hemicanais. Em seguida, mostramos o papel destes canais na fisiologia do cristalino e na formação de catarata, com ênfase em modelos de roedores sem genes específicos de conexina e mutações de ponto único em humanos associadas à disfunção dos hemicanais. Por fim, levantamos a questão de como os fatores ambientais podem afetar a atividade dos hemicanais e das junções comunicantes e, por sua vez, induzir ou acelerar a formação de catarata, discutindo as evidências que ligam as modificações moleculares [i.e., fosforilação e oxidação] dos canais das junções comunicantes e hemicanais com a formação de catarata.

Isenção de responsabilidade: Este resumo foi traduzido com recurso a ferramentas de inteligência artificial e ainda não foi revisto ou verificado.
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