ISSN: 2329-9509
Schoell SL, Weaver AA, Beavers DP, Leon Lenchik, Marsh AP, Rejeski WJ, Stitzel JD e Beavers KM
Enquadramento do estudo: A recomendação de perda de peso intencional em idosos permanece controversa, em parte devido à perda de densidade mineral óssea (DMO) que se sabe acompanhar a perda de peso. Embora tenham sido utilizados modelos de elementos finitos (FE) para avaliar a resistência óssea, estes métodos não foram utilizados para estudar os efeitos da perda de peso. O objetivo deste estudo é desenvolver modelos FE específicos do fémur proximal e estudar o efeito da perda de peso intencional na resistência óssea.
Métodos: Tomografia computorizada (TC) do fémur proximal de 25 idosos com excesso de peso e obesidade (IMC médio = 29,7 ± 4,0 kg/m 2 ) (idade média = 65,6 ± 4,1 anos) submetidos a intervenção intencional para perda de peso durante 18 meses. As medidas de DMO volumétrica (vBMD) e de espessura cortical variável foram derivadas de cada tomografia computorizada e mapeadas diretamente para os modelos basais e pós-intervenção. Os modelos FE específicos para cada sujeito foram desenvolvidos utilizando técnicas de morphing. A resistência óssea foi estimada através da simulação de uma postura unipodal e configuração de queda lateral.
Resultados: Após intervenção para perda de peso, verificaram-se reduções significativas desde o início até aos 18 meses na DMOv (anca total: -0,024 ± 0,013 g/cm3; colo do fémur: -0,012 ± 0,014 g/cm3), espessura cortical (anca total: -0,044 ± 0,032 mm; colo do fémur: -0,026 ± 0,039 mm) e força estimada (apoio: -0,15 ± 0,12 kN; queda: -0,04 ± 0,06 kN). Ajustando para as medidas ósseas basais, massa corporal e sexo, foram encontradas correlações entre a variação de peso e a variação da espessura cortical total da anca e do colo do fémur (todos p<0,05). Por cada 1 quilograma de massa corporal perdida, a espessura cortical na anca total e no colo femoral diminuiu 0,003 mm e 0,004 mm, respetivamente. Não se verificaram correlações significativas para os dados de vBMD ou de força.
Conclusão: Os modelos de FE específicos para cada sujeito desenvolvidos poderiam ser utilizados para compreender melhor os efeitos da perda de peso intencional na saúde óssea.