ISSN: 2168-9784
António Peres
A realização, comercialização e utilização clínica da nanoengenharia, da nanomedicina e da ciência dos materiais para a distribuição de medicamentos
estão a tornar-se uma realidade. Os nanomateriais devem ser desenvolvidos cuidadosamente para garantir a compatibilidade fisiológica e biológica antes de
poderem ser integrados com sucesso em nanoterapêuticos. Os MSN são nanocarreadores atrativos devido às suas
estruturas porosas biodegradáveis, biocompatíveis e algo flexíveis, que podem ser funcionalizadas para um melhor direcionamento e distribuição numa
variedade de cenários de doença. Para desenvolver MSNs hidrofílicos estericamente estabilizados, capazes de um carregamento e entrega eficientes do fármaco antineoplásico hidrofóbico, doxorrubicina, foi realizada
uma formulação ideal de um MSN com polietilenoglicol (2% e 5%) e quitosana (DOX). Foram examinados
os efeitos anticancerígenos, apoptóticos e do ciclo celular dos MSNs carregados com DOX em
linhas celulares cancerígenas selecionadas, bem como a cinética de libertação de DOX sensível ao pH. Foram criados MSNs que variam em tamanho de 36 a 60
nm, com um diâmetro de poro de 9,8 nm e uma área superficial total de 710,36 m2/g. A formulação PCMSN (2%
MSN peguilado) apresentou a maior capacidade de carga de DOX (0,98 mgdox/mgmsn) e um perfil de libertação sustentada de 72 horas.
Em concentrações de 20 g/mL a 50 g/mL, os nanoconjugados de fármacos peguilados foram bem-sucedidos no desencadeamento da morte em células cancerígenas,
demonstrando o seu potencial como veículos de distribuição de fármacos.