ISSN: 2161-0932
Jozef Visnovsky, Kristina Biskupska-Bodova, Barbora Cabanova, Erik Kudela e Karol Dokus
Objectivos: A infecção por Chlamydia trachomatis é geralmente considerada um factor de risco para a gravidez. O objetivo deste estudo foi determinar o papel da Chlamydia trachomatis no aborto espontâneo, bem como considerar diferentes abordagens diagnósticas.
Materiais e métodos: Recolhemos amostras de soro, zaragatoa cervicovaginal e amostras de placenta de mulheres com hemorragia vaginal e/ou dor abdominal no primeiro trimestre de gravidez. A presença de infecção por clamídia foi detectada por cultura convencional, por detecção de antigénio de clamídia por Reacção em Cadeia da Polimerase (PCR) e detecção do nível de IgG por Ensaio Imunoenzimático (ELISA).
Resultados: A prevalência de aborto espontâneo foi significativamente maior no grupo com cultura positiva para a infeção por C. trachomatis (67,3% vs. 36,0%). Não encontrámos diferença significativa entre a detecção de infecção por clamídia utilizando o cultivo convencional, ELISA ou PCR. A associação entre o teste diagnóstico positivo para C. trachomatis e o aborto espontâneo manteve-se significativa (OR=2,41; IC 95% 1,32-3,35, p<0,01).
Conclusão: A infeção por C. trachomatis é um importante fator causador de aborto espontâneo. Os procedimentos de diagnóstico de infeção por C. trachomatis devem ser considerados para recomendações adicionais, especialmente para mulheres com perdas fetais recorrentes.