ISSN: 2329-9096
Cintia Kelly Bittar, Raissa Cardoso e Silva, Orcizo Silvestre, Alberto Cliquet Jr.
Contexto: A estimulação elétrica neuromuscular é um método de reabilitação atualmente utilizado em pacientes com lesão medular, mas seus resultados ainda não estão bem definidos.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar clínica e radiograficamente as comorbidades nos pés e tornozelos de pacientes com lesões na medula espinhal submetidos à Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM).
Métodos: Entre julho de 2020 e abril de 2021, 17 pacientes na clínica ambulatorial de lesão medular que foram submetidos a NMES (grupo A) foram submetidos a uma avaliação clínica e radiográfica de seus pés e tornozelos e comparados com um grupo de lesão medular (grupo B) que não foi submetido a NMES e um grupo de indivíduos saudáveis (grupo C). O teste ANOVA foi usado para comparar todos os três grupos e o teste de Mann-Whitney e o teste T foram usados para investigar as diferenças entre os grupos (quando p < 0,05).
Resultados: A mobilidade média da articulação subtalar e do tornozelo foi maior no grupo C do que nos grupos A e B. Com exceção do ângulo calcâneo-solo, as diferenças nas medidas médias dos ângulos hálux-valgo, intermetatarsal, talocalcâneo, tálus-primeiro metatarsal e tíbio-calcâneo foram estatisticamente significativas entre os grupos A, B e C. Deformidades nos pés, como úlceras grau I no maléolo lateral e calcâneo, foram encontradas apenas no grupo B.
Conclusão: A EENM de carga parcial é benéfica para pacientes com LME, melhorando a amplitude de movimento, diminuindo a rigidez e pode prevenir complicações como úlceras de pressão.