Jornal de antivirais e antirretrovirais

Jornal de antivirais e antirretrovirais
Acesso livre

ISSN: 1948-5964

Abstrato

Perfil Epidemiológico dos Casos de Gripe A no Sul do Brasil no Pós-Pandemia

Tatiana Baccin, Nélson Alexandre Kretzmann, Leticia Garay Martins, Gabriela Luchiari Tumioto, Tatiana Schaffer Gregianini, Pedro A d'Azevedo e Ana Beatriz Gorini da Veiga

Os vírus da gripe são altamente contagiosos e circulam em todas as regiões geográficas. Durante a pandemia de gripe A(H1N1) de 2009, o Estado do Rio Grande do Sul (RS) foi o primeiro a detetar casos de A(H1N1). Em 2010, foi aplicado um amplo programa de vacinação na RS, altura em que 44,9% da população aderiu ao programa. Durante o ano de 2011, foram enviadas 1.433 amostras para o Laboratório Central de Porto Alegre (LACEN-RS) para deteção viral por qRTPCR. Apenas 107 (7,5%) casos do vírus A(H1N1) foram confirmados versus 182 (12,7%) casos de gripe A sazonal. idade. A carga viral mediana foi superior nos doentes infetados com vírus sazonais, em comparação com os infetados com vírus A(H1N1) contrário ao período pandémico. Em 2011, a maioria dos doentes infetados pelo vírus da gripe A (79%, p<0,001) não recebeu vacina. A presença de febre, tosse, dispneia, mialgia e rinorreia foram os sintomas mais frequentes (positividade >60%). Além disso, em 2011, apenas morreram doentes infectados pelo vírus pandémico (12,9%, p=0,001), em contraste com o período pandémico de 2009, quando 6% dos doentes infectados pelo vírus pandémico morreram. Por outro lado, no conjunto da população (5,3%) a taxa de mortalidade foi semelhante à observada no período pandémico (5,9%). Estas análises sobre dados epidemiológicos e moleculares fornecem um cenário importante sobre as características da interação hospedeiro-patógeno após exposição massiva durante o período pandémico.

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