ISSN: 2332-0915
Venara A, Martrille L, Godin M, Kerdat C, Deguette C, Chapard D e Rouge-maillart C
Rougé-Maillart et al propuseram uma técnica para determinar a idade de um sujeito utilizando a superfície acetabular e a superfície auricular do osso coxal. Esta técnica tem sido descrita como promissora, principalmente em indivíduos com menos de 50 anos de idade. O objetivo inicial deste estudo foi testar a técnica numa nova população com dois observadores, um dos quais não tinha qualquer experiência prévia com a técnica. Um segundo objetivo foi confirmar a utilidade da utilização da técnica em idosos.
Material e método: Foram trabalhados 210 ossos (108 masculinos e 102 femininos) da Coleção Terry. Dois observadores estudaram os ossos (um era principiante e outro utilizador avançado da técnica). A estimativa da idade dos esqueletos baseou-se na análise da superfície auricular e do acetábulo como descrito no método de Rougé-Maillart et al. Foram realizadas correlações intra e interobservadores para monitorizar a fiabilidade e reprodutibilidade desta técnica na população geral, antes de passar para indivíduos com mais de 50 anos.
Resultados: Para ambos os observadores, os dados realçaram uma boa correlação média entre a pontuação e a idade real (pontuações globais de 0,648 e 0,773) na população geral. A semelhança entre os resultados dos observadores aumenta à medida que as pontuações totais são utilizadas. No entanto, a correlação interobservador é menor do que no estudo anterior, uma vez que alguns critérios são mais difíceis de classificar para o observador principiante. No caso dos indivíduos com mais de 50 anos, os resultados são menos fiáveis do que o esperado, com uma variação interobservador mais elevada do que na população global.
Conclusão: Este estudo confirma a reprodutibilidade e eficácia do método. Contudo, alguns critérios devem ser redefinidos, enquanto outros devem ser ponderados. Da mesma forma, deve ser considerada uma modificação na abordagem bayesiana com alteração dos intervalos.