ISSN: 2165- 7866
Jérôme Beranger, Jean-Charles Dufour, Julien Mancini e Pierre Le Coz
Objectivos: Estudar as expectativas iniciais e a concretização final do Sistema de Informação (SI) junto dos profissionais de saúde. Métodos: O nosso estudo é feito a partir de dois questionários que incluem 40 itens (Q1 e Q2) baseados na modelação ética. Este modelo é construído a partir de quatro princípios éticos universais: autonomia-beneficência-não-maleficência-justiça que atendemos aos parâmetros ambientais do real: estrutural e tecnológico-político e processual-organizacional e regulatório-cultural e de relacionamento. Foram entrevistados 26 players sendo 14 designers de SI e 4 responsáveis respectivamente por empresas de consultoria, editores de SI e alojamento de dados médicos. Foi utilizada uma unidade de pontuação ética/100 para avaliar as expectativas éticas (Q1) dos atores e a ética de realização (Q2) para o IS. Resultados: A pontuação unidade das expectativas éticas (Q1: 78,7) do SI é superior à da realização (Q2: 63,7) do IS (p<0,001). As subpontuações expectativas éticas pertencem por ordem de importância aos princípios éticos: beneficência (84,9)-autonomia (78,9)-não maleficência (77,2)-justiça (73,9). Subpontuações éticas alcançando um IS médio (por ordem de importância) os seguintes princípios éticos: autonomia (67,3)-beneficência (63,0)-não maleficência (62,1)-justiça (58 6). A pontuação da unidade de expectativas éticas (Q1) é superior à da realização (Q2) para todas as categorias de protagonistas (exceto os anfitriões dos dados de saúde). Dá os mesmos resultados se estudarmos todas as subpontuações princípio a princípio. A oferta Ética (Q2) dos editores do SI ainda está aquém das expectativas éticas (Q1) dos atores envolvidos na contratação do proprietário (MOA) de um SI saudável. Oferecer Ética (Q2) dos hospedeiros de dados de saúde é sempre superior às expectativas éticas dos atores envolvidos em todo o MOA de um SI. Conclusões: A aplicação da nossa ética de modelação para estudo das expectativas e alcance de um SI em saúde resulta no conjunto coerente de acordo com a natureza dos princípios e dos stakeholders. Isto reflecte um grau de precisão da ferramenta de avaliação para a saúde É saudável. Há um duplo confronto, por um lado, entre autonomia e beneficência, e também entre não maleficência e justiça, de acordo com as expectativas e a concretização da SI com os protagonistas. Ao evidenciar este modelo baseado em princípios éticos e parâmetros ambientais da realidade, o nosso trabalho contribui para fundamentar a ética da arquitetura de um SI em saúde.