ISSN: 2471-9552
Michele Malaguarnera, Lúcia Malaguarnera*
O SARS-CoV2 grave, a mais recente doença infecciosa pandémica, é uma séria ameaça para a saúde humana. A infeção por SARS-CoV2 causa ativação imunológica e hiperinflamação sistémica que pode levar à síndrome de desconforto respiratório (SDRA). As vítimas de SDRA estão associadas a um aumento sustentado de IL-6 e IL-1. A ativação dos macrófagos associada à “tempestade de citocinas” promove a desregulação da imunidade inata. Até ao momento, sem vacinas ou terapêutica específica, todos os esforços para conceber medicamentos ou ensaios clínicos são merecedores. A vitamina D e o seu recetor recetor de vitamina D (VDR) desempenham um papel importante nas infeções pelo seu notável impacto nas respostas imunitárias inatas e adaptativas e na supressão do processo inflamatório. Os efeitos protetores da suplementação de vitamina D foram comprovados por vários estudos observacionais e por meta-análises de ensaios clínicos para a prevenção da infeção respiratória aguda viral. Nesta revisão comparamos os mecanismos de resposta imunitária do hospedeiro à infeção por SARS-CoV2 e as ações imunomoduladoras que a vitamina D exerce, de forma a explorar o efeito preventivo da suplementação de vitamina D na infeção viral por SARS-CoV2.