Jornal de Oftalmologia Clínica e Experimental

Jornal de Oftalmologia Clínica e Experimental
Acesso livre

ISSN: 2155-9570

Abstrato

Automedicação com colírio: estudo comparativo baseado num questionário de duas cidades latino-americanas

Gabriel E. Marquez, Hildegard Piñeros-Heilbron, Victoria M. Sanchez, Victor E. Torres, Ana L. Gramajo, Claudio P. Juarez, Fernando Y. Peña e Jose D. Luna

Enquadramento: Um amplo espectro de sintomas oculares é tratado por automedicação com colírios comerciais. Este comportamento ameaça a saúde visual dos indivíduos. Na América Latina, as evidências são fracas.
Objectivo: Detectar, caracterizar e comparar padrões de automedicação oftalmológica entre Córdoba (Argentina) e Barranquilla (Colômbia).
Desenho: Estudo analítico, transversal e comparativo de base populacional. Local: Dois centros privados de oftalmologia terciária de Córdoba, Argentina, e Barranquilla, Colômbia.
Participantes: Foram incluídos doentes com 18 anos ou mais que consultaram pela primeira vez nestas duas instituições durante Agosto-Novembro de 2009. Um número de 570 doentes foram inscritos.
Métodos: Dados recolhidos através de questionário semiestruturado. Resultado principal: Determinar a frequência da automedicação com colírios numa população específica de duas cidades da América Latina.
Resultados: Foram encontradas taxas comparáveis ​​de automedicação ocular (25,6% e 25,7% para Córdoba e Barranquilla, respetivamente). A percentagem de homens e mulheres que se automedicaram não foi significativamente diferente entre as duas amostras. A principal fonte de recomendação de colírios nos doentes argentinos foi o farmacêutico (31%); enquanto a origem social foi predominante nos indivíduos colombianos (53%). Em Córdoba, o produto mais utilizado foi um colírio anti-inflamatório não esteróide em associação com um agente vasoconstritor (32%); enquanto que em Barranquilla foram preferidos os colírios antibióticos (33%). A automedicação foi maior entre os 31 e os 50 anos nos cidadãos argentinos (28%) e entre os 18 e os 31 anos na comunidade colombiana (39%). Este hábito foi encontrado sobretudo em doentes que concluíram estudos universitários em Córdoba (33%); em Barranquilla, os indivíduos com menor escolaridade praticam mais este comportamento (36%).
Conclusão: Em ambas as populações, os doentes tratam comummente as condições oculares através da automedicação. Atualmente, um número crescente de colírios são obtidos sem prescrição médica e uma elevada percentagem de doentes automedicados em ambas as amostras ignora os possíveis efeitos secundários da medicação utilizada.

Isenção de responsabilidade: Este resumo foi traduzido com recurso a ferramentas de inteligência artificial e ainda não foi revisto ou verificado.
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