ISSN: 2161-0932
Marcelo Di Gregorio, Francis Lorge e Michaël Dupont
Objectivos: Partilhar a nossa experiência no maneio de divertículos uretrais femininos sintomáticos ou assintomáticos. A apresentação clínica, os métodos de diagnóstico e as estratégias terapêuticas são revistos. Métodos: Trata-se de uma análise retrospetiva envolvendo oito doentes do sexo feminino com divertículos uretrais seguidas no nosso serviço de urologia entre 2007 e 2015. A avaliação pré-operatória incluiu exame clínico e cistoscopia, cistouretrograma miccional ou ressonância magnética. As visitas de seguimento pós-operatório foram agendadas para os 3, 6 e 12 meses. Resultados: O diagnóstico baseou-se na anamnese e no exame físico, sendo posteriormente confirmado por exames complementares como o cistouretrograma miccional e a ressonância magnética. Todos os doentes apresentaram alívio sintomático e melhoria do resultado estético após a cirurgia. A ressonância magnética foi fundamental na confirmação do diagnóstico e no planeamento da abordagem cirúrgica. A excisão cirúrgica do divertículo e a reconstrução resultaram em bons resultados estéticos e funcionais. Não houve grandes complicações pós-operatórias. Conclusões: Os divertículos uretrais femininos anteriormente não reconhecidos podem agora ser detectados mais facilmente por ressonância magnética. Na nossa pequena série, a excisão cirúrgica e a reconstrução estiveram associadas a bons resultados clínicos.