ISSN: 2155-9570
Rosa Dolz-Marco, Roberto Gallego-Pinazo, Maria Isabel López-Gálvez, José I Tembl, Manuel Díaz-Llopis e Carol Shields
Objectivo: Descrever as características tomográficas de varrimento do abaulamento escleral temporal focal com adelgaçamento da coróide como uma variação normal da anatomia ocular em olhos saudáveis.
Métodos: Estudo observacional transversal. Foram analisados exames de tomografia de coerência ótica (SS-OCT) em doentes saudáveis realizados entre outubro e dezembro de 2013. Foi avaliada a presença de protuberância escleral focal com variação da espessura da coroideia (TC). Nos casos com este achado medimos manualmente a extensão da protuberância escleral e a forma da coróide.
Resultados: Foram analisados 166 olhos de 106 doentes e 13% (22 olhos de 16 doentes) demonstraram protuberância escleral focal. A protuberância escleral não era visível oftalmoscopicamente em nenhum dos casos. Por SS-OCT, a protuberância escleral tinha um diâmetro basal médio de 3.225 mícrons (variação de 1.954-4.908 mícrons) e uma distância temporal média à fovéola de 2.261 mícrons (variação de 1.148-4.173 mícrons). Em comparação com a espessura escleral submacular normal, a protuberância escleral temporal era em média 107 mícrons mais espessa (variação de 31 a 171 mícrons). A espessura média da coróide sobrejacente foi de 177 mícrons (variação de 79-326 mícrons) em comparação com a espessura subfoveal média no olho envolvido de 250 mícrons (variação de 99-431 mícrons), espessura média no bordo temporal da protuberância de 312 mícrons (variação de 195-431 microns). O epitélio pigmentar da retina sobrejacente e o contorno interno da retina eram normais em todos os casos.
Conclusões: No SS-OCT, 13% dos olhos saudáveis apresentavam protuberância escleral temporal com adelgaçamento da coróide relacionado. O significado clínico deste novo sinal está em avaliação.