ISSN: 2155-9570
Sameh S Mandour, Hatem M Marey, Ghada Z Rajab
Objectivo: Comparar os resultados da suspensão frontal utilizando fáscia lata autógena versus lâmina Gore-tex para o tratamento de ptose congénita moderada a grave com função deficiente do elevador do elevador.
Desenho: Estudo prospectivo randomizado controlado
Participantes: Sessenta pálpebras de 47 doentes, seguidos no serviço de saúde dos Hospitais Universitários de Menoufia.
Métodos: os doentes foram divididos em dois grupos. No grupo I (30 pálpebras), o tarso da pálpebra superior foi suspenso ao músculo frontal através de fáscia lata autógena. No grupo II (30 pálpebras), o tarso da pálpebra superior foi suspenso ao músculo frontal através de uma fita de Gore-tex de 0,3 mm. Foi feito o seguimento do nível das pálpebras e o relato de complicações pós-operatórias e incidência de recorrência.
Resultados: Aos 24 meses de pós-operatório (final do seguimento), não se verificou diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos em relação ao nível das pálpebras. Três pálpebras do grupo I e 4 pálpebras do grupo II apresentaram subcorreção. Foram detetadas complicações relacionadas com o Gore-tex em 6 pálpebras do grupo II. Foram detectadas complicações da área dadora em 3 casos do grupo I. Não houve diferença significativa quanto às complicações entre os dois grupos. A taxa de recorrência foi de 10% (3 em 30 pálpebras) para o grupo I e de 16,7% (5 em 30 pálpebras) para o grupo II. A diferença nas taxas de recorrência foi estatisticamente insignificante. Conclusão: Concluímos que a utilização da lâmina Gore-tex na cirurgia de suspensão frontal é comparável à utilização da fáscia lata autógena, com a vantagem de evitar complicações na área dadora.