ISSN: 2161-0932
Eleni Papanikolaou, Kalliopi I. Pappa e Nicholas P. Anagnou
As células estaminais têm um potencial notável de auto-renovação e diferenciação em muitos tipos de células do corpo durante o início da vida e o desenvolvimento. Além disso, em muitos tecidos constituem uma fonte de sistema de reparação interna, dividindo-se essencialmente sem limites para repor as células danificadas ou mortas. Após a divisão, cada nova célula tem o potencial de manter o estatuto de célula estaminal ou de se diferenciar num tipo de célula mais especializado, como um glóbulo vermelho, uma célula cerebral ou uma célula cardíaca.
Até recentemente, foram caracterizados três tipos de células estaminais de animais e humanos, ou seja, células estaminais embrionárias, células estaminais fetais e células estaminais somáticas adultas. Contudo, no final de 2007, os investigadores realizaram outro avanço ao identificar condições que permitem que algumas células adultas especializadas sejam “reprogramadas” geneticamente para assumirem um estado semelhante ao das células estaminais. Estas células, denominadas células estaminais pluripotentes induzidas (iPSCs), expressam genes e fatores importantes para manter as propriedades e características únicas das células estaminais embrionárias.
Esta revisão analisa os mecanismos de manipulação genética das células estaminais, incluindo a transferência de genes terapêuticos para as células dos doentes através de vetores virais recombinantes para fins de terapia genética e discute os mecanismos de geração e as propriedades resultantes das células estaminais pluripotentes induzidas.