ISSN: 2161-0487
Karoline Kanafa, Lena Strømmen, Odin Hjemdal, Hilde Dallavara Lending, Kjetil Hodne, Ane Tveit Hammersmark, Kåre Osnes, Marit Hannisdal, Ragne Gjengedal, Nils Inge Landro, Sverre Urnes Johnson
Enquadramento: O objetivo deste estudo piloto é explorar a viabilidade, aceitabilidade e eficácia da Terapia Metacognitiva de grupo (g-MCT) como tratamento para indivíduos com diagnóstico primário de Perturbação de Ansiedade Generalizada (TAG) que se encontram de baixa médica ou em risco. Dada a elevada comorbilidade entre TAG e depressão e a natureza transdiagnóstica da Terapia Metacognitiva (MCT), o estudo irá também investigar alterações nos sintomas depressivos.
Métodos: A coorte do estudo é constituída por doentes encaminhados para o "Poliklinikk psykisk Helse og Arbeid" (PHA), um ambulatório do Hospital Diakonhjemmet em Oslo, Noruega. A exequibilidade foi avaliada com base nas taxas de conclusão do tratamento, nas taxas de abandono e no número de potenciais candidatos para este tratamento em grupo. A eficácia do tratamento foi medida através de questionários de autorrelato que avaliaram a ansiedade, a depressão, as crenças metacognitivas e a autoeficácia relacionada com o trabalho.
Resultados: 27 doentes (71%) preencheram os critérios de elegibilidade e iniciaram tratamento. Apenas um doente (3,7%) desistiu, resultando em 26 doentes a completar o g-MCT. Estes 26 doentes compareceram em média a 9,3 sessões. Os dois terapeutas gastaram uma média de 3,1 horas cada um por paciente na terapia, o que é menos do que seria necessário para um MCT individual. Utilizando o método de Jacobson-Truax para alterações clinicamente significativas, 95,2% dos doentes foram classificados como recuperados (57,1%) ou melhorados (38,1%) do TAG pós-tratamento e 47,6% alcançaram a recuperação dos sintomas depressivos pós-tratamento.
Conclusão: Os resultados sugerem que o g-MCT é um tratamento viável, aceitável e eficaz para o TAG.