Ginecologia e Obstetrícia

Ginecologia e Obstetrícia
Acesso livre

ISSN: 2161-0932

Abstrato

Como a contraceção muda na gravidez indesejada recorrente

Ana Gonçalves Andrade, Sara Rocha, Catarina Marques, Maria José Alves e Ana Campos

Objectivo: Avaliar as diferenças no seguimento da gravidez indesejada (UP) recorrente entre um episódio anterior e um posterior.

Métodos: Estudo retrospetivo de mulheres com UP recorrente comparando a contraceção e os métodos de aborto entre o primeiro e o segundo episódio.

Resultados: Noventa e uma mulheres preencheram os critérios do estudo. A prevalência de UP foi de 13,7%. O tempo médio entre abortos foi de 21 meses (2-57). Antes do primeiro episódio, a maioria das mulheres não utilizava qualquer método contracetivo (39,3%), enquanto que antes do segundo episódio a maioria utilizava contraceção oral (ACO) (48,8%). Em ambos os grupos, o ACO foi o método mais frequentemente escolhido após o aborto, com maior prevalência após o primeiro episódio (82,1% vs 42,1%) (p=0,001); o número de implantes subcutâneos inseridos foi maior após o segundo aborto (10,2% vs 39,6%) assim como de dispositivos intrauterinos (1,4% vs 9,8%) (p=0,001). Enquanto que após o primeiro aborto nenhuma mulher optou pela esterilização, após o segundo oito mulheres ficaram com a trompa ligada (p=0,039). Em ambos os episódios a maioria das mulheres iniciou um novo método contracetivo após o aborto (77%; 75%). Na primeira UP apenas 9,1% (n=26) dos abortos foram cirúrgicos enquanto no segundo episódio os abortos cirúrgicos tiveram maior prevalência (n=99; 34,7%) (p=0,001).

Conclusões: A história prévia de aborto altera a gestão clínica da UP no que diz respeito aos métodos de aborto e à escolha contracetiva.

Isenção de responsabilidade: Este resumo foi traduzido com recurso a ferramentas de inteligência artificial e ainda não foi revisto ou verificado.
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