ISSN: 2155-9570
Demirtzoglou Iordanis*, Tsolaki Magda, Gougoulias Kyriakos, Oikonomidis Panagiotis, Karampatakis Vasileios
Objectivo: Investigar se a espessura interna da retina pode ser utilizada como um biomarcador fiável em doentes com défice cognitivo ligeiro (CCL) para diagnóstico precoce e correlacionar estas alterações com o declínio cognitivo.
Material e métodos: Utilizando a tomografia de coerência óptica de domínio espectral (SD-OCT) em indivíduos com MCI e controlo, avaliámos a espessura da camada de fibras nervosas da retina peripapilar (RNFL), a espessura e volume macular e o complexo de células ganglionares macular ( O mGCC foi definido como a combinação de espessura de fibra retinal, células ganglionares e camadas plexiformes internas), perda de volume global do complexo de células ganglionares (GCC GVL%) e perda de volume focal do complexo de células ganglionares (GCC FVL%). Avaliámos a função cognitiva através da pontuação do Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Foi criada uma base de dados com recurso ao Programa Estatístico para Ciências Sociais (SPSS® ver12). A Estatística Descritiva foi utilizada para encontrar médias, medianas, desvios padrão e intervalos interquantílicos. A significância estatística foi estabelecida em 95%. Foram utilizados testes t independentes para comparar médias entre doentes e grupo controlo quando as variáveis atingiram distribuição normal. O teste U de Mann-Whitney foi utilizado para comparar as medianas entre doentes e grupo controlo quando as variáveis não atingiram uma distribuição normal.
Resultados: Nos doentes com CCL foi encontrada uma diminuição estatisticamente significativa da espessura global da CFNR (teste de Mann-Whitney, p: 0,009) e da espessura temporal da CFNR (teste T, p: 0,013) e um aumento do FVL% do GCC macular (teste de Mann-Whitney). , p: 0,001) em comparação com os controlos. Não foi encontrada correlação significativa entre a espessura da retina e o declínio cognitivo nos doentes com DCL.
Conclusão: O nosso estudo mostrou uma diminuição da espessura interna da retina em doentes com DCL. O potencial uso da espessura interna da retina como um biomarcador fiável no diagnóstico precoce necessita de ser mais explorado em estudos longitudinais com grandes coortes.