ISSN: 2155-9899
Yongming Sang, Laura C Miller e Frank Blecha
O envolvimento de macrófagos em infecções virais e estados antivirais é comum. No entanto, esse envolvimento não foi bem estudado no paradigma da polarização de macrófagos, que normalmente foi categorizado pela dicotomia de estados clássicos (M1) e alternativos (M2). Estudos recentes revelaram a complexidade da polarização de macrófagos em resposta a vários mediadores celulares e estímulos exógenos, adotando uma visão multipolar para revisitar o processo diferencial de macrófagos, especialmente aqueles repolarizados durante infecções virais. Aqui, por meio do exame de infecções virais direcionadas a macrófagos/células monocíticas, focamos no envolvimento direto da polarização de macrófagos durante infecções virais. Os interferons tipo I e tipo III (IFNs) são essenciais na regulação da patogênese viral e da infecção antiviral do hospedeiro; portanto, propomos incorporar estados antivirais mediados por IFN na estrutura da polarização de macrófagos. Essa visão é apoiada pelas propriedades multifuncionais dos IFNs tipo I, que potencialmente provocam e regulam a polarização M1 e M2, além de induzir o estado antiviral, e pelas descobertas de mecanismos virais para adaptar e modular a polarização de macrófagos. De fato, vários estudos recentes demonstraram prevenção eficaz de doenças virais por meio da manipulação dos estados imunológicos dos macrófagos.