ISSN: 2161-0932
Angéline Josiane Tonato Bagnan, Tchimon Vodouhe, Achille Awadé Afoukou Obossou, Christiane Tshabu Aguemon, Issifou Takpara e René Xavier Perrin
Introdução: O aumento da prevalência do útero com cesarianas anteriores deve-se ao aumento da taxa de partos por cesariana em todo o mundo. A gestão do parto após cesariana prévia é uma questão desafiante, uma vez que as práticas médicas são divergentes.
Objectivos: Analisar o desfecho da gravidez e a gestão do parto de útero com uma cicatriz de cesariana. Enquadramento e método: Tratou-se de um estudo observacional, descritivo e transversal realizado de 15 de dezembro de 2014 a 14 de setembro de 2015 na Clínica Universitária de Ginecologia e Obstetrícia (CUGO) do Hospital Universitário Nacional (CNHU-HKM) de Cotonu. Envolveu 132 doentes do sexo feminino. Os dados foram analisados no software Epi Info 7.
Resultados: A prevalência de parto intrauterino com cesariana prévia é de 7,57%. A idade média dos doentes foi de 30 anos. A maioria delas foi internada para segundo parto. A maioria das gravidezes foi única (94,70%). O intervalo entre a cesariana e o parto atual é superior a 24 meses na maioria dos casos (83,76%). A taxa de contração uterina é baixa (29,55%); o mesmo se aplica ao parto vaginal (25%). As principais indicações para a repetição da cesariana foram o estreitamento da bacia (19,19%), o sofrimento fetal agudo (14,14%) e as doenças vasculares renais (11,11%). O prognóstico materno e perinatal para o parto vaginal foi melhor do que o de nova cesariana.
Conclusão: A questão desafiante da gestão do parto em mulheres com uma cesariana anterior ainda é motivo de preocupação em Cotonou. Alguns esforços ainda têm de ser feitos para melhorar o equipamento médico técnico, de modo a ampliar as indicações de contração uterina durante o trabalho de parto, contribuindo assim para reduzir a taxa de repetição de cesarianas.