ISSN: 2329-9096
Rafaele Lais Weber Tomazini Sombrio, William Maia Coutinho, Soraia Ibrahim Forgiarini, Antonio Esquinas e Luiz Alberto Forgiarini Junior
Na higiene brônquica de pacientes intubados, não há fechamento da glote, mas o aumento do fluxo expiratório é determinante para a expulsão passiva de secreções na presença de tubos endotraqueais. Métodos que visem melhorar a efetividade da tosse são importantes, pois facilitam o desmame da ventilação mecânica e melhoram os resultados funcionais dos pacientes. Este estudo teve como objetivo revisar sistematicamente os resultados possibilitados pela terapia respiratória utilizando a insuflação-exsuflação mecânica em pacientes críticos internados em unidade de terapia intensiva. Foram incluídos ensaios clínicos de 1993 a 2015, por meio de revisão sistemática da literatura. As bases de dados envolvidas foram LILACS, SciELO e PubMed utilizando as palavras-chave “ventilação mecânica”, “fisioterapia”, “tosse”, “secreção”, “insuflação-exsuflação mecânica” e “dispositivo”. Dois pesquisadores independentes realizaram a triagem dos artigos e incluíram estudos utilizando a insuflação-exsuflação mecânica em pacientes críticos. Inicialmente foram encontrados 52 artigos potencialmente relevantes, apenas 3 (5,7%) contemplavam os critérios de inclusão e abordavam a insuflação-exsuflação mecânica em pacientes críticos. Dos artigos analisados, todos mostraram benefícios significativos no uso da insuflação-exsuflação mecânica quanto à melhora da saturação periférica de oxigênio, aumento do pico de fluxo expiratório e diminuição da taxa de reintubação. Os estudos demonstraram se a insuflação-exsuflação mecânica melhora a higiene brônquica quando utilizada em pacientes críticos, mostrando-se um equipamento eficaz. O nível de evidência sobre o tema abordado ainda é considerado baixo, tornando necessários novos estudos.