ISSN: 2161-0932
Michelle X Liu, David W Chan e Hextan YS Ngan
O cancro do ovário é uma das doenças malignas mais mortais nas mulheres devido ao seu mau prognóstico e ao facto de a maioria das doentes ser diagnosticada numa fase avançada. Por conseguinte, a quimioterapia torna-se a opção de tratamento mais importante na maioria dos casos de cancro do ovário. No entanto, a quimiorresistência em casos recidivantes é o maior obstáculo à gestão clínica desta doença. Evidências crescentes sugerem que a quimiorresistência de novo (intrínseca) e adquirida (extrínseca) são dois principais mecanismos subjacentes que ocorrem nos cancros humanos. A quimiorresistência de novo é atribuída à existência de células estaminais cancerígenas, enquanto as alterações genéticas e/ou epigenéticas na desregulação de oncogenes ou genes supressores tumorais contribuem para a quimiorresistência adquirida. Nesta revisão, resumiremos e discutiremos as descobertas recentes dos mecanismos acima referidos na quimiorresistência e, particularmente, concentrar-nos-emos no significado das supostas expressões de miRNAs e as suas regulações de sinalização associadas no desenvolvimento da quimiorresistência adquirida no cancro do ovário.