ISSN: 2161-0487
Veronika Mittly, Zsolt Németh, Károly Berényi e Tibor Mintál
Introdução: De acordo com estudos psicológicos desportivos anteriores, a terapia da entorse do tornozelo não se estende ao apoio psicológico dos atletas lesionados. O objetivo deste estudo é enfatizar o papel significativo de uma abordagem complexa e ajudar os atletas no enfrentamento da lesão. Métodos: Para estimar as consequências psicológicas da entorse do tornozelo, entre outubro e dezembro de 2014 pedimos aos atletas que preenchessem o nosso questionário, de 28 itens. Em fevereiro de 2015 as respostas foram avaliadas pelo SPSS. Resultados: 15,6% dos atletas mostraram-se satisfeitos com os cuidados agudos e 25% dos atletas mostraram-se satisfeitos com a reabilitação. As taxas de satisfação mostraram correlação com a motivação e com a atitude face à reabilitação e ao treino. A taxa de motivação afectou a atitude face ao treino e a oportunidade de abandonar o desporto. Este último foi também afetado pelo medo de uma nova lesão. A consequência mais importante das lesões desportivas foi a falta a um torneio (36,1%). A importância do apoio social também ficou comprovada: 38,1% dos atletas conseguiam partilhar os seus problemas e sentimentos com a família, 31,1% com o treinador e a equipa e 23,8% com os amigos e o namorado ou namorada. Após a lesão 61,1% dos atletas conseguiram diminuir a ansiedade com relaxamento, exercício, psicoterapia ou conversa. As reações mais comuns à lesão foram medo, dor, choque, desventura, frustração, deceção e esperança. Conclusão: Os resultados confirmam a nossa hipótese anterior, de que para um regresso precoce ao jogo os atletas lesionados necessitam de reabilitação psicológica e requerem intervenções psicológicas, bem como apoio social no período pós-lesão. Os médicos e treinadores da equipa devem adquirir competências de comunicação, métodos motivacionais e técnicas de relaxamento para melhorar o apoio.