ISSN: 2155-9570
Myrjam De Keyser, Jonas De Belder, Brice Ballet, Erik Mertens
Objectivo: Examinar a necessidade e o prazo para refazer a trabeculoplastia selectiva a laser (SLT) aplicada em doentes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensos oculares.
Métodos: Os doentes receberam terapia da fala como terapia primária, adjuvante ou de substituição. Os dados foram registados até 5,5 anos após o tratamento com SLT. A pressão alvo foi definida como uma pressão intraocular pelo menos 20% reduzida. Ao exceder a pressão alvo, os doentes receberam um segundo SLT. O desfecho primário foi a necessidade e o tempo para refazer o TLS. Examinámos as diferenças entre grupos (SLT primário, substituto ou adjunto) e as correlações entre o tempo e a necessidade de refazer e os parâmetros pré-SLT.
Resultados: 108 doentes (194 olhos) puderam ser seguidos durante pelo menos 0,5 anos e até 4,5 anos, com um seguimento médio de 22,35 ± 18,94 meses. A nossa população no início era variada; 34% dos doentes receberam SLT primário, 50% tiveram SLT de substituição, 16% tiveram SLT como tratamento adjuvante. Estes três grupos não apresentaram diferença na evolução da PIO ou da medicação no tempo. O tempo para refazer variou, com uma média de 31,13 ± 11,24 meses.
Conclusão: Pretendemos ter uma ideia geral de quantos doentes poderiam necessitar de um retratamento com SLT após um primeiro SLT bem-sucedido numa clínica privada. Na nossa população, a percentagem de refazer necessário foi de 5,6% ao fim de 2 anos, 35,4% ao fim de 3 anos e 45,4% ao fim de 4 anos. Não foi possível medir diferenças em relação ao tipo de ATL realizado, nem foi encontrada qualquer correlação significativa entre a necessidade de refazer e as características pré-ATL.