ISSN: 2167-0870
Christina Vidinova, Dafina P. Antonova, Pravoslava T. Guguchkova, Kalin N. Vidinov
Enquadramento: A OCT-A é uma nova modalidade de imagem que oferece a oportunidade para a caracterização e quantificação não invasiva da microvasculatura na DMRI húmida.
Objectivo: O objectivo do nosso estudo é delinear as diferentes características da OCT-A das membranas neovasculares na DMRI em relação à sua correlação com o efeito do tratamento e do prognóstico.
Métodos: No nosso estudo foram incluídos 42 doentes com DMRI exsudativa. Foram divididos em 3 grupos: 25 com membranas Tipo 1 (sob EPR), 11 doentes com membranas Tipo 2 e 6 com lesões de PAR Tipo 3. Todos foram submetidos a um exame oftalmológico completo incluindo AV, fotografia de fundo de olho, OCT estrutural (Rtvue, Optovue) e OCT-A (Angiophlex, Zeiss). Todos os doentes foram tratados com injeções de aflibercept (Eylea)-3. Todos foram avaliados após a terceira injeção.
Resultados: No grupo de doentes com CNV tipo 1, foi geralmente observado no OCT-A um complexo neovascular em forma de medusa com vaso aferente, com origem na coróide. Em 9 casos os vasos eram muito rugosos e maiores do que no grupo geral. No grupo CNV tipo 2, visualizamos uma rede neovascular que cresce a partir da vasculatura corióide, atravessa o complexo da membrana do EPR-Bruch até ao espaço sub-retiniano. Estas estruturas tinham geralmente um formato semelhante ao dos glomérulos. A CNV tipo 3 é vista na OCT-A como anastomoses retinal-coróide com origem no plexo capilar profundo da retina. A maioria dos doentes de todos os grupos melhorou a AV e a espessura da retina após a aplicação de Eylea. Apenas em 2 casos não foi observada qualquer alteração. Tratava-se sobretudo de casos com CNV Tipo 1 e com vasos de maior calibre.
Conclusão: A angiografia OCT é uma nova modalidade de imagem capaz de revelar a estrutura morfológica da neovascularização tipo 1, tipo 2 e tipo 3 na DMRI exsudativa. A visualização da microarquitetura da membrana da CNV oferece a perspetiva de avaliar as possíveis respostas à terapêutica. Os nossos resultados indicam que as lesões do tipo 1, compostas por vasos maiores e maduros, respondem menos à terapêutica anti-VEGF e apresentam um mau prognóstico.