ISSN: 2167-0870
Jihane Aouni,*, Jean Noel Bacro, Gwladys Toulemonde, Pierre Colin, Loic Darchy, Bernard Sebastien
Antecedentes: Durante vários anos, os designs adaptativos tornaram-se cada vez mais populares na indústria farmacêutica e, em particular, foi dada muita atenção aos designs adaptativos sem costura. Estes desenhos combinam o ensaio de determinação de dose de fase II e o ensaio de confirmação de fase III num único protocolo (com um tamanho de amostra total fixo). O objetivo deste artigo é propor algumas ferramentas baseadas na utilidade para otimizar estes projetos: primeiro em termos de proporção entre os tamanhos das amostras da fase II e da fase III e, segundo, na alocação dos doentes às doses no início da fase II. Métodos: Os métodos de otimização de projeto são geralmente baseados na matriz de informação de Fisher (D-otimalidade) ou na variância de algumas estatísticas de interesse (C-otimalidade). Em vez disso, propomos definir funções de utilidade associadas à decisão dos patrocinadores relativamente à escolha da dose para a fase III e propomos métricas de otimização do projeto baseadas no valor esperado desta utilidade. Resultados e Conclusões: Depois de revermos e discutirmos vários tipos de funções de utilidade, focámo-nos em duas delas, que avaliámos através de simulações. Concluímos que na maioria dos cenários simulados, a utilidade esperada era, de certa forma, mais sensível ao momento da análise intermédia (relação entre a fase II e o tamanho total da amostra) do que à alocação dos doentes entre as doses. Este resultado aponta para o facto de que poderá ser necessário inscrever um maior número de doentes na fase II para permitir uma identificação precisa da dose ideal.