Jornal de Hepatologia e Distúrbios Gastrointestinais

Jornal de Hepatologia e Distúrbios Gastrointestinais
Acesso livre

ISSN: 2475-3181

Abstrato

Pancreatite e Metformina: Relato de Caso e Revisão da Literatura

Sara Gioia, Massimo Lancia, Alessandra Persichini, Verdiana Tondi, Mauro Bacci e Fabio Suadoni

A metformina é o agente anti-hiperglicémico mais utilizado no tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2. É considerado um medicamento muito bom, com baixo risco e alto benefício. A intoxicação por metformina pode dever-se à ingestão maciça ou à acumulação progressiva devido à insuficiência renal. Foram descritos casos fatais devido a intoxicação por metformina. Neste sentido apresentamos o caso fatal de um doente de 56 anos com intoxicação grave por metformina (100 μg/ml) que apresentava insuficiência renal, acidose láctica, hiperglicemia e pancreatite. Recebeu terapia de alcalinização e hemodiálise, que logo melhorou o seu estado, mas o doente faleceu passados ​​7 dias por pneumonia nosocomial. A pancreatite foi confirmada pela análise histopatológica post-mortem. A pancreatite aguda como efeito secundário da metformina é muito rara, quer em sobredosagem, quer em dosagem terapêutica, e tem sido atribuída a um mecanismo de toxicidade intrínseco. Neste sentido, realizámos uma revisão da literatura de todos os casos em que a pancreatite foi referenciada para uso de metformina, de forma a avaliar se esta complicação se desenvolve geralmente na presença de fatores predisponentes específicos ou se é imprevisível. Da nossa revisão, de acordo com a literatura, confirmamos que a pancreatite aguda representa um efeito secundário muito raro da metformina, quer em dosagem terapêutica, quer em sobredosagem. Na intoxicação por metformina, a polimedicação e as doses elevadas podem ser possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de pancreatite. Não existe uma associação específica de pancreatite e hiperglicemia relacionadas com a metformina, mesmo que a pancreatite esteja geralmente associada a alterações na homeostasia da glicose. É possível supor que a presença de hiperglicemia depende da extensão da pancreatite que, se muito prolongada, poderá levar a um défice na libertação de insulina e a um aumento dos níveis de glicose no sangue.

Isenção de responsabilidade: Este resumo foi traduzido com recurso a ferramentas de inteligência artificial e ainda não foi revisto ou verificado.
Top