ISSN: 2161-0932
Cynthia Abraham, Moyosore Adeyekun e Seleshi Demissie
Introdução: O uso da ocitocina na gestão da TOLAC é controverso. Os dados que avaliam a relação entre o uso de ocitocina e os resultados adversos são escassos.
Métodos: Revisão de processos clínicos de 159 doentes com uma cesariana anterior submetidas a TOLAC divididas entre as que foram: (1) induzidas com ocitocina (IND, n=44), (2) aumentadas com ocitocina (AUG, n=37) e ( 3) tratada com expectativa após se apresentar em trabalho de parto (SPON, n=78). A seguir obtidos: características maternas basais, quantidade administrada e duração da utilização de ocitocina, se utilizada, incidência de desfechos adversos. O qui-quadrado e a ANOVA foram utilizados para a análise estatística.
Resultados: As características basais entre os grupos foram semelhantes. Dois casos de roturas uterinas e um de hemorragia ocorreram no grupo IND. Todos os três casos tiveram uma pontuação inicial de Bishop inferior a 5. A quantidade total média de ocitocina administrada e a duração da utilização de ocitocina neste subgrupo foram de 4.412 miliunidades e 12,7 horas. Cinco doentes foram submetidos à colocação de um balão de amadurecimento cervical seguido de ocitocina para indução. Neste subgrupo, nenhum apresentou resultados adversos e três dos cinco tiveram um TOLAC bem-sucedido. A quantidade total média de ocitocina administrada e a duração da utilização de ocitocina foram de 1988 miliunidades e 7,3 horas. Um caso de deiscência uterina com necessidade de intervenção cirúrgica ocorreu no grupo SPON. Não houve complicações no grupo AUG. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos em relação a outros resultados, incluindo a taxa de cesarianas.
Conclusão: A indução do parto na presença de colo uterino desfavorável e cesariana prévia está associada a resultados adversos. O balão de amadurecimento cervical tem um papel na obtenção de um TOLAC bem-sucedido.