ISSN: 2167-7700
Renata MF Gomes, Maria Rosa Q Bomfim, Mariana JV Trindade, Luiz M Farias, Maria Auxiliadora R Carvalho, José Carlos Serufo e Simone G Santos
A infeção da corrente sanguínea (ICS) causada por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é um problema de saúde pública mundial e está associada a elevada morbilidade e mortalidade. O nosso objetivo foi avaliar genes resistentes a antimicrobianos, caracterizar os elementos cromossómicos da cassete estafilocócica (SCCmec) e a diversidade genética de estirpes de MRSA recuperadas do BSI de cinco hospitais de Belo Horizonte, Brasil. Foram identificados 56 isolados de MRSA pelo sistema Vitek II e pelo método de diluição em ágar para a determinação da concentração inibitória mínima. Polymerase chain reaction (PCR) was performed to detect coagulase (coa), methicillin (mecA) aminoglycosides (aaca-aphD), macrolides, lincosamides (ermA/ermB/ermC) and beta-lactams (blaz) genes, as well as chromosomal SCCmec tipo. A diversidade genética foi realizada por ribotipagem e análise ERIC/PCR de sequências repetitivas intergénicas. O gene mecA foi detetado em 84% das estirpes. Pelo menos um dos genes estava presente nos isolados dos hospitais estudados; as combinações mais frequentes foram ermA/mecA e ermA/ermB/ermC (78,6% das amostras). Os estudos do SCC demonstraram que tais bactérias podem ser portadoras dos genes ermA, ermB e ermC, sendo o tipo III o mais prevalente, seguido do subtipo IIIa. Os resultados da ribotipagem e do ERIC-PCR mostraram uma variedade de estirpes de MRSA e sugerem que certas populações clonais estão a circular entre os hospitais estudados por diferentes vias que deveriam 16 ser melhor investigadas.