ISSN: 2165-7548
Mohammed Yousuf Iqbal, Emad A Abdulkarim, Sarah Albassam, Fandi Alanazi
Enquadramento: A prática da extubação é impopular entre os serviços de urgência (SU) de todo o mundo, devido a inúmeros fatores, incluindo a falta de formação profissional necessária para o procedimento. Além disso, os dados sobre a segurança deste procedimento permanecem indisponíveis.
Métodos: Este estudo reviu casos de extubação no serviço de urgência do Hospital King Fahd, Madina, com o objetivo de determinar a segurança deste procedimento. Os detalhes clínico-demográficos de 50 doentes submetidos a extubação no SU, durante um período de 4 anos, foram recolhidos manualmente dos registos hospitalares e analisados.
Resultados: A idade média dos doentes foi de 30 anos e 78% dos doentes eram do sexo masculino. As causas subjacentes incluíram traumatismo não penetrante (72%), traumatismo não penetrante e experiência médica (26%). Dos 50 doentes, 20 foram entubados antes da chegada ao serviço de urgência; 72% foram entubados por diminuição do nível de consciência, 20% por hipoxia e 8% por comportamento combativo. Dos 50 doentes extubados, apenas 2 (4%) tiveram de ser submetidos a reintubação não planeada, enquanto 6 (12%) foram agendados para procedimentos ortopédicos e neurocirúrgicos. A taxa de internamento na UCI pós-extubação foi de 16%, uma vez que 8 doentes necessitaram de internamento na UCI, enquanto os restantes 42 doentes (84%) foram transferidos para as enfermarias.
Conclusão: Este estudo indica que a extubação no SU é segura se a condição clínica que necessita de controlo das vias aéreas for resolvida durante o internamento hospitalar. São necessários mais estudos para avaliar o impacto da extubação no tempo de internamento hospitalar e para estabelecer se a prática da extubação permite uma utilização mais judicial dos recursos hospitalares.