ISSN: 2155-9570
Yun Li
Apresentação do caso: Um bebé do sexo masculino (idade gestacional 30 semanas, peso ao nascimento 1.410g) apresentou-se para rastreio de retinopatia da prematuridade (ROP). Ao exame às 34 semanas de idade PMA (consulta inicial), notou-se uma mancha de vinho do Porto nas pálpebras esquerdas e na zona maxilar, seguindo as distribuições V1 e V2 do nervo trigémeo. A partir das 37 semanas de idade pós-menstrual (PMA), descobriu-se que tinha ROP progressiva (Zona 2, estádio 3) no olho esquerdo e recebeu ranibizumab intravítreo em PMA 39 semanas para tratar a ROP tipo 1. A crista e a neovascularização (NV) regrediram satisfatoriamente, mas o hemangioma coroidal difuso tornou-se evidente às 40 semanas, com “tomato catsup fundus” típico. Estes achados clínicos caracterizaram a Síndrome de Sturge-Weber. À 44ª semana de PMA, observou-se então que o bebé apresentava um aumento da vascularização conjuntival bulbar e tortuosidade vascular da retina. Múltiplas anastomoses veia a veia na retina periférica e aumento da tortuosidade vascular retiniana são detetadas na fotografia do fundo de olho e na angiografia com fluoresceína (FFA). O bebé tem uma PIO normal até à data e está sob observação atenta para detetar novas alterações oculares. Não foi observada angiomatose leptomeníngea na ressonância magnética.
Discussão e conclusões: Descrevemos um bebé prematuro como um doente mais jovem com SWS, cujas malformações progressivas de múltiplos vasos oculares foram documentadas. O doente foi também diagnosticado com ROP tipo 1 no olho esquerdo no PMA 37. uma lição que devemos pensar e aprender com este caso é como podemos diferenciar a anormalidade vascular em SWS e ROP. A morfologia dos vasos anormais, o padrão de progressão e os AGL sob anestesia são úteis nesta situação.