ISSN: 2684-1258
Avneesh Chhabra, Oganes Ashikyan, Raghu Ratakonda, Gitanjali Bajaj, Uma Thakur, Parham Pezeshk, Yin Xi, Marwa Zaid, Alexandra Callan, William Murphy, Rajendra Kumar, Behrang Amini
Antecedentes: Tanto quanto sabemos, não existe nenhuma diretriz atual para delinear estratégias de acompanhamento ou de intervenção no manejo de tumores de tecidos moles musculoesqueléticos. Desenvolver e validar o Sistema de Relatórios e Dados de Tumores de Tecidos Moles (ST-RADS) com a hipótese de que a diretriz proposta auxilia de forma fiável e precisa na separação de tumores de tecidos moles musculoesqueléticos benignos de malignos.
Métodos : Trata-se de um estudo transversal multiinstitucional de massas de tecidos moles. Foi alcançado um acordo de consenso entre especialistas para as categorias ST-RADS utilizando a terminologia da classificação da OMS. Foram avaliados tumores adipocíticos, massas de extremidades hiperintensas e hipointensas em T2 com um amplo espectro de histologias. As categorias de RM foram: STRADS 0 - imagem incompleta, I - nenhuma lesão identificada, II - definitivamente benigna, III - provavelmente benigna, IV - indeterminado ou suspeito de malignidade, V - altamente sugestivo de malignidade e VI - malignidade comprovada por biópsia conhecida ou recorrência. Foram avaliados oito casos de leitores e calculados o ICC (Correlação Intraclasse) e a AUC (Área Sob a Curva).
Resultados: foram testadas 200 massas de tecidos moles. Verificou-se uma boa concordância entre os leitores com ICC (correlação intraclasse) = 0,72 [IC 95% = 0,64-0,79] e 0,69 [IC 95% = 0,59-0,70] para adipocítico e hiperintenso em T2, e razoável, 0,48 [95 % CI=0,35-0,62] para massas hipointensas em T2. A sensibilidade e especificidade para a deteção de malignidade foram de 96% e 63%, 93% e 71%, 64% e 84% para as massas adipocíticas, hiperintensas em T2 e hipointensas em T2, respetivamente. A AUC (Área sob a Curva) foi de 0,79-0,89.
Conclusão: A guideline ST-RADS utilizando terminologia padronizada estratifica os tumores musculoesqueléticos em categorias benignas e malignas e fornece estratégia de gestão. Esta diretriz baseada na ressonância magnética pretende ser um documento “dinâmico” que pode ser ainda mais refinado e atualizado em resposta ao feedback futuro dos utilizadores e à medida que novos dados científicos se tornam disponíveis.