ISSN: 2150-3508
Vincent Autier*, JA Heindel
Barreiras artificiais resultaram em um declínio nas populações de espécies de peixes migratórios ao reduzir o alcance geográfico da migração, limitando o acesso ao habitat necessário, incluindo áreas de desova e áreas de criação de berçários, impactando os ciclos de vida das espécies e ecossistemas, resultando, em última análise, em uma diminuição geral na biodiversidade das espécies. As passagens para peixes geralmente permitem que os peixes mantenham, estendam ou até mesmo restabeleçam migrações sobre barreiras artificiais e naturais. As passagens para peixes, usadas em ambientes lóticos a montante e a jusante, são geralmente classificadas como técnicas ou naturais e são projetadas para fornecer sustentabilidade do ecossistema aquático e conectividade fluvial em todo o mundo. No caso de passagens técnicas para peixes a montante (ou seja, escada para peixes), quando projetadas e situadas adequadamente, as escadas para peixes permitem que os peixes migrantes a montante contornem as barreiras do rio para alcançar segmentos de rio adequados para crescimento e reprodução. Embora sejam um método comum de fornecer passagem em muitos sistemas, as escadas para peixes podem apresentar desafios e limitações biológicas e de engenharia. É importante ressaltar que há equívocos comuns relacionados às escadas para peixes, bem como incertezas quanto à sua adequação como a única solução percebida para uma barreira para peixes. Este artigo explora e apresenta algumas das deficiências das escadas para peixes, e mais especificamente das escadas técnicas para peixes a montante, e destaca elementos de projeto a serem considerados para fornecer o mais alto grau de eficiência na passagem de peixes.