Ginecologia e Obstetrícia

Ginecologia e Obstetrícia
Acesso livre

ISSN: 2161-0932

Abstrato

A influência da personalidade materna na decisão sobre a cesariana eletiva: um estudo piloto com uma amostra de 16 puérperas

Franca Aceti, Corinna Pancheri, Nicoletta Giacchetti, Vanessa Paladini e Paola Ciolli

Objectivo: Investigar o perfil psicológico de uma amostra de puérperas, que solicitaram cesariana (CE) electiva, comparando com um grupo de mulheres que realizaram cesariana de emergência. Além disso, o estudo examinou os fatores de risco psiquiátricos, ambientais, médicos e obstétricos relacionados com a escolha da mãe por uma cesariana eletiva, de forma a desenvolver estratégias de intervenção específicas.

Métodos: Uma amostra de 16 mães com idades compreendidas entre os 34,88 ± 8,53 anos foi inscrita e avaliada através de uma entrevista presencial semiestruturada, do Minnesota Personality Inventory Test-2 (MMPI-2) e da Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo (EPDS). A amostra foi dividida em dois grupos: casos (8 mulheres que realizaram cesariana eletiva) e controlos (8 mulheres que realizaram cesariana de emergência).

Resultados: A análise identificou significância estatística entre os dois grupos com maior prevalência no grupo de casos de: perturbações prévias do humor (100% do grupo de casos), comorbilidades maternas (100% do grupo de casos), neuroticismo (escala MMPI-2 ). ‘NEGE’: p=0,013), atitude ‘defensiva’ (escala ‘K’ do MMPI-2: p=0,013), hipocondria (escala ‘Hs’ do MMPI-2: p=0,046), preocupações de saúde (escala do MMPI-2 ‘Hea’: p=0,013) e depressão (escalas ‘D’ do MMPI-2: p=0,012 e ‘Dep’: p=0,023; pontuações da EPDS: p=0,007), com tendência geral a apresentar pontuações mais elevadas de psicopatologia ( p=0,033). Não foi encontrada significância estatística em relação à informação sociodemográfica e aos fatores de risco obstétricos.

Conclusão: As mulheres que optaram pela CE sem indicação médica apresentaram níveis mais elevados de ansiedade somática, expressa com uma ruminação hipocondríaca e uma forma obsessiva de controlar o seu corpo. Isto parece associado a mais neuroticismo e mais sintomas de depressão, o que pode levar a um maior risco de desenvolver depressão pós-parto. Os ginecologistas devem estar atentos às razões da escolha da mãe por um CE de eleição, garantindo um acompanhamento psicológico detalhado e tentando mitigar os níveis de ansiedade e medos relacionados com o parto.

Isenção de responsabilidade: Este resumo foi traduzido com recurso a ferramentas de inteligência artificial e ainda não foi revisto ou verificado.
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