Revista de Ciências Políticas e Assuntos Públicos
Acesso livre

Abstrato

A Nova Cultura de Segurança e Vigilância

Hille Haker*

Enquanto a ONU introduziu o paradigma da “segurança humana” na década de 1990, a legislação pós-11 de Setembro regressou ao paradigma da segurança nacional, em nome da segurança “interna”. O artigo explora as ramificações desta reorientação tendo em conta as novas e emergentes tecnologias de segurança e vigilância. Defende que surgiu uma cultura de vigilância que contradiz a visão e os valores do conceito de segurança humana. No que diz respeito à intersecção das tecnologias de segurança e vigilância política e privada, a omnipresença e o entrelaçamento das tecnologias de vigilância com a vida quotidiana vai muito além do propósito da segurança. Por conseguinte, o artigo defende uma reorientação que seja apoiada pela teoria moral e política, e um (novo) contrato social que se baseie no conceito de liberdade social, democracia deliberativa e num conceito de justiça orientado para os direitos humanos.