ISSN: 2572-4916
Humberto Bohorquez e Ari J Cohen
O transplante ortotópico de fígado (OLT) é o tratamento para a doença hepática terminal com taxas nacionais de sobrevivência dos doentes aos 1 e 5 anos de 89% e 80%, respetivamente. O número de potenciais recetores em lista de espera nacional ultrapassa largamente o número de órgãos saudáveis disponíveis por ano para transplante. As opções para aumentar o conjunto de dadores incluem dadores vivos, fígados divididos e fígados marginais. Exemplos de dadores de fígado marginais são os fígados de dadores mais velhos, os dadores com macroesteatose significativa e os dadores com longos períodos de isquemia fria previstos . O transplante hepático marginal é um fator de risco conhecido para o desenvolvimento de disfunção primária após o transplante hepático. A não função primária é uma causa comum de retransplante e morte logo após a OLT. A optimização dos enxertos hepáticos marginais alargaria a sua utilização sem aumentar a morbimortalidade perioperatória. Embora a causa precisa da não função primária não seja conhecida, a lesão de isquemia/ reperfusão (I/R) tem sido fortemente implicada.