ISSN: 2165-7556
Nadeau S e Landau K
Os sistemas sociotécnicos cada vez mais complexos nas empresas modernas estão a obrigar-nos a adaptar os nossos modelos de gestão de risco a um contexto de produção organizada digitalmente. Esta nova fase da digitalização industrial está a trazer novas oportunidades e novos desafios para os gestores e para os trabalhadores. Está a emergir uma nova organização do trabalho, juntamente com novos modelos para optimizar a afectação de mão-de-obra às actividades produtivas. São propostas na literatura três abordagens: otimização matemática, modelos das ciências do trabalho e integração destas duas. Os modelos analíticos integrados são limitados tanto pelo número de variáveis consideradas como pelo conhecimento das incertezas associadas. Estes modelos são estáticos, nem sempre focados na redução de riscos na origem e baseados na elicitação de especialistas através de protocolos não especificados. Os avanços neste campo estão a levantar diversas questões relativas à ética, legalidade e segurança. É necessário um modelo que permita a redução sistemática dos riscos de saúde e segurança no trabalho e a integração dinâmica de considerações operacionais. As empresas bem-sucedidas no futuro dependerão de abordagens de gestão interdisciplinares, focadas no bem-estar humano e baseadas em tecnologias inteligentes e inteligência artificial.