ISSN: 2165-7548
Geraldo José de Souza Lima, Rodrigo Fabiano Guedes Leite, Gustavo Munayer Abras, Livio José Suretti Pires, Eduardo Godoy Castro e Alcino Lázaro Silva
Fundamento: A apendicite aguda (AA) é a causa mais comum de cirurgia abdominal aguda. As evidências científicas disponíveis não mostram consenso de opinião sobre a melhor via de acesso para o tratamento da AA. Objectivo: Comparar as técnicas de Apendicectomia Laparoscópica (AL) e Apendicectomia Laparoscópica Transumbilical Assistida (TULAA). Métodos: Trata-se de um estudo retrospetivo comparando duas séries com 1.000 doentes. As variáveis foram: tempo operatório, internamento hospitalar, complicações pós-operatórias, dor pós-operatória, retorno mais precoce às atividades diárias, conversão em relação ao tipo de operação e motivo da conversão. Resultados: O tempo cirúrgico médio foi de 75,5 minutos no LA e de 51,7 minutos no TULAA. A incidência de dor pós-operatória não apresentou diferença estatisticamente significativa. As complicações gerais tiveram uma incidência de 9,6% em LA e 7,6% em TULAA. Em relação à infecção de feridas a incidência foi de 2,7% e 2,4% para o grupo LA e grupo TULAA respectivamente. O regresso mais precoce às atividades diárias e o curto período de internamento foram observados em ambos os grupos. Quando foi necessária a conversão no grupo TULAA, as técnicas foram apendicectomia laparotómica (59,4%), LA (17,4%) e TULAA com segunda incisão (23,2%). Os doentes submetidos a AL que necessitaram de conversão foram tratados por técnica laparotómica. Conclusão: A eficácia e segurança da apendicectomia laparoscópica transumbilical podem fazer desta técnica a escolha preferencial no tratamento inicial de doentes com apendicite aguda.