ISSN: 2155-9899
Harumi Jyonouchi
O diagnóstico de doenças alérgicas é baseado em histórico clínico detalhado e exames físicos cuidadosos apoiados pela reatividade do teste cutâneo (ST) e/ou presença de IgE específica para alérgeno no soro para alergia mediada por IgE. Os clínicos tendem a se concentrar em manifestações clínicas que ocorrem nos órgãos afetados diretamente pela exposição ao alérgeno. No entanto, muitos estudos epidemiológicos apoiam uma associação positiva entre sintomas neuropsiquiátricos e doenças alérgicas, embora na maioria dos estudos epidemiológicos, os diagnósticos de alergia sejam baseados em resultados de pesquisas autorrelatadas e/ou códigos de cobrança. Com as ferramentas de diagnóstico atuais dependendo fortemente do histórico clínico, indivíduos com linguagem expressiva limitada (LEL) impõem um desafio significativo para os clínicos em atividade. Os indivíduos com LEL também frequentemente apresentam sintomas neuropsiquiátricos associados às suas condições médicas primárias. Em tais indivíduos, muitas vezes é muito difícil diferenciar os sintomas neuropsiquiátricos associados à dor e desconforto causados por doenças alérgicas daqueles causados por suas condições médicas primárias. Além disso, a falta de apreciação de suas condições alérgicas pelos cuidadores pode frustrar ainda mais os indivíduos com LEL, piorando seus sintomas comportamentais. Esta revisão foi formulada para abordar a associação entre sintomas neuropsiquiátricos e distúrbios alérgicos, enfatizando a necessidade de atenção especial necessária ao avaliar indivíduos LEL para doenças alérgicas. Como muitas doenças alérgicas são relativamente fáceis de tratar com medicamentos benignos, os clínicos precisam avaliar e tratar cuidadosamente as condições comuns de alergia em indivíduos LEL, especialmente antes de tratá-los com medicamentos neurotrópicos, que provavelmente causam mais efeitos colaterais indesejáveis.