ISSN: 2155-9570
Michael A Singer, Angela Herro, Joshua Singer, Krishna Surapaneni, Jason Espitia e William E Sponsel
Enquadramento/objetivos: Avaliar a utilidade da medição da tomografia de coerência ocular do segmento anterior sem contacto (AS-OCT) da largura do recesso angular (AR) para prever olhos propensos a picos de pressão intraocular (PIO) após injeção de implante intravítreo de dexametasona em doentes com CRVO e BRVO.
Métodos: Estudo de coorte com controlo ocular de 34 doentes com ângulos abertos gonioscopicamente e OVR submetidos a injeção intravítrea de implante de dexametasona (Ozurdex). Todos os participantes receberam AS-OCT pré-injeção em ambos os olhos utilizando o domínio espectral Cirrus OCT. Avaliadores mascarados independentes mediram a largura AR utilizando paquímetros eletrónicos de imagem. A PIO foi monitorizada antes da colocação do implante e mensalmente durante 6 meses a partir daí. Foram analisadas comparações entre a largura do AR e o grau de resposta aos esteróides, o estado fácico, o sexo e a história prévia de glaucoma.
Resultados: Sete olhos (20%) desenvolveram picos graves de PIO (PIO ≥ 30 mmHg). Houve uma diferença altamente significativa (p = 0,0085) na largura do recesso angular entre os doentes que responderam graves (175,0 ± 27,1 μm) e aqueles olhos com resposta menos grave (272,9 ± 24,3 μm). Verificou-se também uma forte correlação entre a largura do AR em estudo e os outros olhos (média 248,1 ± 19,8 vs. 261,9 ± 22,6 μm; R2 = 0,67).
Conclusões: Este estudo reafirma a utilidade potencial da medição AS-OCT da largura AR como um meio prático para ajudar a identificar olhos com alto risco de hipertensão ocular após administração intravítrea de corticosteróides.