ISSN: 2168-9784
El-Dosouky II, Shehata IE
Fundamento: O aumento do volume plaquetário médio (VPM) é um processo central na fisiopatologia da doença arterial coronária (DAC). Objectivos: Investigar se a avaliação do VPM, para além dos factores de risco tradicionais, potencia o processo de avaliação do risco de síndrome coronário agudo (SCA).
Materiais e Métodos: Este estudo incluiu 81 doentes, divididos em 2 grupos; o grupo I incluiu 61 doentes com síndrome coronário agudo (SCA); subdividido ainda em grupo I a (37 doentes Tn +ve) e grupo I b (24 doentes Tn -ve) e o grupo II incluiu 20 pessoas em idade completamente saudável emparelhadas como grupo controlo; todos os doentes foram submetidos; anamnese, exame clínico, ECG, avaliação do VPM e perfil lipídico.
Resultados: Os doentes com SCA Tn +ve apresentaram o VPM mais elevado (13,3 ± 2,4fL), o VPM correlacionou-se significativamente com o nível de colesterol total, nível de LDL e nível de Tn, P<0,001). Através da análise multivariada, apenas o VPM aumentou significativamente a probabilidade de desenvolvimento de SCA Tn +ve (B ± EP = 0,078 ± 0,028, t = 2,8, IC 95% 0,022-0,133 com odds ratio = 0,358, P = 0,007). O VPM ≥11,1 fL foi o melhor valor de corte na previsão de SCA Tn +ve com uma sensibilidade de 84% e uma especificidade de 65% (P = 0,000).
Conclusão: O nosso estudo determinou que o VPM pode facilitar a estratificação do risco para a ocorrência de SCA. O que poderá ser utilizado como um sinal alarmante no seguimento de doentes com DAC para prever aqueles com risco de SCA Tn +ve.