ISSN: 2471-9315
Clarisse Máximo Arpini, Patrícia Gomes Cardoso, Isadora Marques Paiva, Dirceia Aparecida da Costa Custódio e Geraldo Márcio da Costa
O Brasil possui o segundo maior rebanho leiteiro do mundo. Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil e responde por cerca de 30% de toda a produção do país. A mastite é uma doença que causa grandes perdas na indústria de laticínios sob o ponto de vista econômico, pois mantém alta prevalência e limitada resposta à terapia, podendo ser causada por mais de cem agentes etiológicos diferentes, principalmente bactérias. Estima-se que as perdas na produção de leite por não tratamento, cheguem entre 12 e 15%. Seja qual for sua origem, ocorrem alterações químicas e físicas no leite, acompanhadas de alterações patológicas no tecido glandular. Streptococcus agalactiae é altamente contagioso e ubíquo na glândula mamária, sendo um dos principais agentes etiológicos da mastite. A elucidação dos fatores de virulência deste agente é de grande importância para a prevenção e tratamento da mastite. Devido aos poucos estudos publicados com isolados de S. agalactiae de bovinos, este estudo tem como objetivo comparar isolados de mastite clínica e subclínica em relação à presença de genes de virulência relacionados à cápsula polissacarídica rica em ácido siálico, hialuronato liase, proteína de ligação ao fibrinogênio e pili. Os primers foram desenhados para amplificar os genes fbs A, cps C, cps D, cps E, cps K, neu B e o cluster PI -1 de 16 isolados de Streptococcus agalactiae de mastite clínica e mastite subclínica. A análise molecular mostrou a presença do gene fbs A em 85,07% dos isolados, 38,80% em hyl B, cps C, cps D e cps E em 4,48%, cpk J, cps K e neuB em 79,10% no cluster e PI -1 em 1,49%. Foi observada diversidade de cepas dentro e entre diferentes rebanhos, entretanto, nenhuma relação foi observada entre os fatores de virulência avaliados e a gravidade da infecção.