ISSN: 2161-0487
Daniela Willimek e Bernd Willimek
Uma das áreas mais interessantes no campo da musicologia é a obtenção de novos conhecimentos sólidos sobre a correlação entre música e emoções. A Teoria do Equilíbrio Musical apresenta agora uma nova perspectiva sobre este tema. A Teoria afirma que a música em si não consegue transmitir emoções, o que significa que não é mais eficaz do que outras abordagens para expressar sentimentos. Em vez disso, a música comunica processos da vontade com os quais o ouvinte se identifica, e a relação com esses processos dá à música o seu conteúdo emocional.
“Música e Emoções - Investigação sobre a Teoria do Equilíbrio Musical” é o nome da versão inglesa do livro alemão intitulado Musik und Emotionen-Studien zur Strebetendenz Theorie. Os autores Daniela e Bernd Willimek apresentam a sua teoria e demonstram a sua validade recorrendo a exemplos da literatura musical e aos resultados dos testes. O livro foi traduzido do alemão por Laura Russell.
A primeira parte do livro explica a teoria antes de explorar como pode ser interpretada em termos de acordes individuais e progressões harmónicas. Um acorde maior, por exemplo, é algo que geralmente identificamos com a mensagem “Eu quero!” enquanto um acorde menor transmite o desejo “Basta!” O volume em que um acorde menor é tocado determina se é percebido como tristeza ou raiva. Além disso, os autores discutem questões como a razão pela qual um acorde diminuto é adequado como banda sonora para cenas de filmes que envolvem medo, ou como é que um acorde aumentado pode transmitir espanto e espanto.
Na segunda parte do livro, há uma discussão sobre resultados de testes que mostram uma forte correlação na forma como as pessoas percecionam os acordes do ponto de vista emocional. O Teste Básico e o Teste Rocky ligam sequências harmónicas a cenas de um conto de fadas e a conceitos emocionais, respetivamente. O resultado destes testes revelou as preferências musicais de mais de 2.000 crianças e adolescentes (incluindo membros do famoso Coro de Rapazes Vienenses) em quatro continentes. Testes semelhantes para utilização em musicoterapia estão a ser preparados.