ISSN: 2161-0932
Barbara Kozakiewicz, Ewa Dmoch-Gajzlerska, Małgorzata Chądzyńska e Małgorzata Stefaniak
Introdução: O cancro do colo do útero é uma das principais causas de morte nas mulheres em todo o mundo. O conhecimento das mulheres sobre os efeitos do tabagismo e da infecção pelo papilomavírus humano (HPV) no desenvolvimento do cancro do colo do útero, bem como as medidas preventivas adequadas, devem desempenhar um papel significativo na educação sanitária das mulheres.
Objectivo: O objectivo do estudo realizado numa amostra de mulheres de diferentes grupos socioeconómicos foi avaliar o conhecimento das mulheres sobre os efeitos do tabagismo e da infecção pelo HPV no desenvolvimento do cancro do colo do útero.
Material e métodos: Nos anos 2010-2012, foi realizado um inquérito baseado em questionário em 870 mulheres adultas e adolescentes com idades compreendidas entre os 14 e os 70 anos (idade média 37,1) que vivem na Polónia, em áreas rurais e cidades de diferentes tamanhos.
Resultados: Em grupos com diferentes características demográficas, 8% a 89% (média: 61%) dos inquiridos estavam conscientes do papel da infecção pelo HPV no desenvolvimento do cancro do colo do útero. Um número significativamente menor de inquiridos, ou seja, 0 a 73% (média: 14%) sabia da ligação entre a nicotina e o desenvolvimento do cancro do colo do útero. O tabagismo não foi percecionado como um fator contribuinte pelas mulheres idosas e grávidas que vivem em zonas rurais. Todos os inquiridos, independentemente do local de residência, idade e escolaridade, foram raramente educados por profissionais de saúde (média: 32%). A fonte de conhecimento mais comum foi a Internet, acedida por 20% a 98% dos inquiridos (média: 81%).
Conclusão: O conhecimento sobre os efeitos do tabagismo e da infeção por HPV diferiu significativamente e dependeu da idade, escolaridade e residência (zonas rurais vs. urbanas). A Internet como fonte de informação foi especialmente importante na faixa etária mais jovem (raparigas em idade escolar), que era a única população do estudo que não era educada por profissionais de saúde.